MARCELO GLEISER é professor de física teórica no Dartmouth College, em Hanover (EUA), e autor do livro "A Harmonia do Mundo
quinta-feira, 11 de dezembro de 2008
DECIFRANDO A "MENTE DE DEUS"
MARCELO GLEISER é professor de física teórica no Dartmouth College, em Hanover (EUA), e autor do livro "A Harmonia do Mundo
domingo, 7 de setembro de 2008
Gary Francione e os direitos animais
Sua teoria pode ser conhecida pelo público brasileiro em textos traduzidos para a nossa língua, divulgados no site: http://www.gato-negro.org/content/blogsection/7/48/ Recomendamos, especialmente, o texto "Esclarecendo o significado de direitos", no qual identificamos três pontos básicos:
Valorização da senciência animal – Francione argumenta que todo animal senciente, isto é, capaz de experimentar sofrimento, é por necessidade consciente de si mesmo, sendo possuidor dos mais diversos interesses, um dos quais é viver livre de interferência alheia. Cada animal possui estas características à sua própria maneira, em função do que desenvolve um modo de vida particular, que pode ser bastante diferente do humano, mas nem por isso pode ser considerado inferior. Valorizar a senciência animal, portanto, consiste em estender o respeito às diferenças, que já foi consagrado na esfera humana, para o conjunto dos animais, reconhecendo-se que são indivíduos com uma existência independente da nossa.
Defesa do direito básico a não ser tratado como propriedade – Francione afirma que tratar um indivíduo como propriedade é a suprema violência que pode ser cometida contra ele, pois este tratamento significa reduzi-lo à condição de objeto, o que autoriza que seja usado para fins alheios e inviabiliza um reconhecimento efetivo de seus interesses. No passado, até mesmo seres humanos foram rotulados como propriedade, e só quando lhes foi reconhecido o direito básico a não serem tratados assim tornou-se possível respeitá-los. Francione aponta que os animais sofrem, ainda hoje, a imposição do status de propriedade, mas também são merecedores do direito à liberdade, de viverem sem intromissão alheia.
Defesa da abolição do uso de animais para fins humanos – A partir dessas considerações, Francione conclui que todas as formas de uso de animais são inaceitáveis, e é dever de nossa sociedade aboli-las. Isto se torna mais fácil na medida em que estes usos não nos proporcionam nenhum beneficio que não possa ser obtido de outras formas, bastando que deixemos de consumir os produtos da exploração animal, e assim motivemos uma gradual transformação na economia e nos costumes. Em primeiro lugar, cumpre que sejamos capazes de refletir sobre esta questão levando em conta a justiça, e não interesses que são apenas nossos.
Cabe lembrar aqui outro aspecto fundamental da teoria de Francione, e que ele desenvolve em outros textos. Trata-se da importância de assumir uma postura pessoal contra a exploração dos animais, evitando consumir qualquer um de seus produtos. Isto equivale a adotar o chamado veganismo, que implica em mudar padrões de consumo, seja na alimentação, seja no vestuário etc - o que é perfeitamente viável, embora possa exigir algum esforço de nossa parte. Segundo Francione, isto não representa uma tentativa de se alcançar um ideal de "pureza", pois isto é literalmente impossível numa sociedade baseada na exploração de outras espécies. Entretanto, ser vegano é o caminho mais seguro, se queremos ter certeza de que estamos fazendo o que está em nosso alcance para enfrentar esta realidade, contribuindo para transformar não só os métodos de produção na indústria, mas também o pensamento predominante em nossa cultura, no que diz respeito aos animais.
Não há dúvida de que os direitos animais, que consistem na abolição de seu uso por nós, têm o potencial de acarretar uma profunda mudança em nosso modo de vida. Mas será uma mudança no sentido de nos tornarmos mais humanos, deixando de impor nossa força sobre seres mais fracos. Os animais são totalmente vulneráveis a nós, e isto só aumenta nossa responsabilidade por eles, nunca o contrário.
CPDA – Comitê para Pesquisa, Divulgação e Defesa dos Direitos Animais
domingo, 3 de agosto de 2008
BIOLOGIA DENTRO DA CONSCIÊNCIA
terça-feira, 24 de junho de 2008
A ECOLOGIA PROFUNDA E OS NOVOS VALORES ÉTICOS
CPDA – Comitê para Pesquisa, Divulgação e Defesa dos Direitos Animais
sexta-feira, 20 de junho de 2008
PALAVRAS DO MESTRE
quinta-feira, 19 de junho de 2008
O CÉREBRO HOLOGRÁFICO
O processo de evocar uma determinada memória equivale à reprodução de uma imagem holográfica. Segundo Pribram, o cérebro é um holograma e reproduz um padrão holográfico.
Para provar que o que perceberam estava errado, o biólogo da Universidade de Indiana, Paul Pietsch, idealizou uma experiência um tanto quanto tétrica. Pietsch havia observado que podia remover o cérebro de uma salamandra sem matá-la e, embora o animal permanecesse em letargia sem o cérebro, seu comportamento voltava completamente ao normal assim que este era recolocado. Pietsch tomou os hábitos alimentares da salamandra como referência para suas experiências. Então, inverteu os hemisférios esquerdo e direito do cérebro e, para seu espanto, assim que ela se recuperou rapidamente voltou à alimentação normal. Pietsch tentou várias alternativas: virou o cérebro de cabeça para baixo, cortou-o em fatias, baralhou, e, chegou a picar em pedacinhos os cérebros de suas infelizes cobaias. No entanto, sempre que recolocava o que havia sobrado desses cérebros, ou parte deles, o comportamento dos animais voltava ao normal. Desnecessário dizer que Pietsch mudou de idéia, passando a considerar a teoria de Pribram.
A MEMÓRIA INFINITA
Esse efeito se relaciona ao ângulo de incidência no qual os dois feixes de raio laser atingiram o filme fotográfico ao gravar uma determinada imagem. Ela só se projetará no espaço tridimensional quando for iluminada por um raio laser projetado no mesmo ângulo em que a imagem foi gravada originalmente. Assim, é possível registrar muitas imagens diferentes sobre a mesma superfície, cada uma com o seu respectivo "ângulo de reprodução". Os pesquisadores calcularam que um pequeno pedaço de filme poderia armazenar milhões de imagens, cada uma podendo ser evocada através do seu ângulo original de gravação. Uma chapa assim gravada mostra uma multiplicidade de imagens projetando-se seguidamente ao ser girada diante do laser.
Esta segunda característica explica possíveis mecanismos de recordação de fatos. Sendo o cérebro um holograma, quando nos colocamos num determinado "ângulo de lembrança", iremos evocar aquela recordação em particular, ou seja, a nossa capacidade de lembrar é análoga ao ato de emitir um feixe de raio laser em direção a um desses pedaços de filme evocando uma imagem específica. Da mesma forma, quando somos incapazes de lembrar alguma coisa, isto corresponde a emitir vários feixes a um pedaço de filme com múltiplas imagens, mas sem encontrar o ângulo certo para recuperar a "imagem" que estamos procurando. Os pesquisadores dessa área estão convictos que a visão que os moribundos têm na hora da morte, quando "vêem" a vida inteira numa fração de segundo, equivale, no sistema holográfico cerebral, ao ato de girar rapidamente uma chapa holográfica com milhões de imagens gravadas diante do laser.
O Universo Holográfico - Michael Talbot
CIÊNCIA E ESPIRITUALIDADE
David Bohm
O holograma é uma invenção dos anos 60, e de forma geral é um mecanismo óptico que produz imagens tridimensionais. Seu princípio foi descoberto em 1947, mas o modelo só pôde ser construído após a invenção do laser. Para produzi-lo, divide-se um único raio laser em dois feixes separados. O primeiro feixe é projetado no objeto a ser fotografado. Então, faz-se com que o segundo feixe colida com a luz refletida do primeiro. Quando isso acontece, eles produzem um padrão de interferência que é registrado num filme. Iluminada pela luz natural, a imagem do filme não se parece em nada com o objeto fotografado, mostrando um conjunto de curvas concêntricas entremeadas, num desenho indecifrável. Mas, assim que um outro feixe de raio laser ilumina o filme, uma imagem tridimensional do objeto original reaparece em pleno espaço, podendo ser vista por cima, por baixo ou por qualquer lado, mas não podendo ser tocada. Esta imagem holográfica apresenta algumas características que estão deixando os cientistas intrigados e perplexos.
Suponhamos que o objeto fotografado seja uma maçã. Peguemos então o filme holográfico e vamos dividi-lo ao meio, em dois pedaços. Projetemos agora o laser sobre uma dessas metades. O que vemos projetados no espaço a três dimensões? Meia maçã? Nenhuma maçã? Não! Se projetarmos o laser em qualquer uma das metades, ainda assim obteremos a maçã inteira projetada no espaço. E se continuarmos partindo a foto em milhares de pedaços e projetarmos o laser sobre um minúsculo fragmento, ainda assim obteremos a maçã inteira projetada a três dimensões. Uma imagem menos nítida, mas ainda assim a maçã inteira. Nesta foto mágica, cada parte contém a totalidade, cada uma das partes da imagem interpenetra todas as outras.
Nós contemos o Universo inteiro no nosso mundo, no nosso corpo, nas nossas células. É devido a este princípio que a acupuntura permite alcançar todo corpo através de uma determinada parte do mesmo, por exemplo, a orelha. O corpo inteiro está presente na orelha, como mostra o diagrama do "Homenzinho na Orelha". Os iridologistas, por sua vez, vislumbram as condições de todo corpo pelos desenhos da íris; no "Do-in" pode-se fazer o mesmo pelos pés, e os quiromantes lêem a vida física e temporal na palma das mãos. São todos desdobramentos do mesmo princípio que rege o holograma. Na verdade, cada parte do corpo o contém inteiro, numa perspectiva espaço-temporal, da mesma forma que cada pequena entidade do Universo reflete o padrão de sistemas infinitamente maiores, e da própria totalidade. Esta idéia foi maravilhosamente expressa por William Blake no seu célebre verso em "Auguries of Innocence": Ver o mundo num grão de areiaE o céu numa flor silvestre, Segurar o infinito na palma da mão, E a eternidade numa hora.
domingo, 8 de junho de 2008
VIDA E PROCESSO MENTAL
Quando ohamos para o mundo vivo, reconhecemos a atividade organizadora como sendo, essencialmente, uma atividade mental. A mente é a essência do estar vivo.
Para essa nova concepção de cognição, o proceso do conhecer, é, pois, muito mais ampla que a concepção do pensar. Ela envolve percepção, emoção e ação - todo o processo da vida; não envolve necessariamente o pensar.
segunda-feira, 2 de junho de 2008
PALAVRAS DO MESTRE
domingo, 25 de maio de 2008
"CADA CRIATURA VIVA DEVE SER VISTA COMO UM MICROCOSMO"
sábado, 24 de maio de 2008
FÍSICA QUÂNTICA E ESPIRITUALIDADE
Nessa palestra, o Prof. Laércio Fonseca, nos dá um novo conceito de espiritualidade e nos mostra sua relação com a física quântica.
quinta-feira, 22 de maio de 2008
segunda-feira, 19 de maio de 2008
SISTEMAS COGNITIVOS
sexta-feira, 16 de maio de 2008
CONSCIÊNCIA, MATÉRIA E MENTE
quinta-feira, 15 de maio de 2008
MEIO AMBIENTE E BUDISMO (AS RAZÕES DO SOFRIMENTO HUMANO)
A doutrina budista da impermanência inclui a noção de que o eu não existe. [...] Ela sustenta que a idéia de um eu individual, separado, é uma ilusão, é apenas uma outra forma de maya, uma concepção intelectual destituída de realidade. O apego a essa idéia de um eu separado leva à mesma dor e ao mesmo sofrimento [...].
Nosso impulso para nos agarrar a uma terra interior é a essência do ego-eu e é a fonte de contínua frustração. [...] Em outras palavras, nosso agarrar-se a uma terra, seja ela interior ou exterior, é a fonte profunda de frustração e de ansiedade.
[...] Somos indivíduos autônomos, modelados pela nossa própria história de mudanças estruturais. Somos autoconscientes, cientes da nossa identidade individual - e, não obstante, quando procuramos por um eu independente no âmbito de nosso mundo de experiência, não conseguimos encontrar nenhuma entidade desse tipo.
A origem de nosso dilema reside na nossa tendência para criar as abstrações de objetos separados, inclusive de um eu separado, e em seguida acreditar que elas pertencem a uma realidade objetiva, que existe independentemente de nós. [...]
O poder do pensamento abstrato nos tem levado a tratar o meio ambiente natural - a teia da vida - como se ele consistisse em partes separadas, a serem exploradas comercialmente, em benefício próprio, por diferentes grupos. [...] A crença segundo a qual todos esses fragmentos - em nós mesmos, no nosso meio ambiente e na nossa sociedade - são realmente separados alienou-nos da natureza e de nossos companheiros humanos, e, dessa maneira, nos diminuiu. Para recuperar nossa plena humanidade, temos de recuperar nossa experiência de conexidade com toda a teia da vida. Essa reconexão, ou religação, religio em latim, é a própria essência do alicerçamento espiritual da ecologia profunda."
segunda-feira, 5 de maio de 2008
OS GRANDES DESAFIOS DE NOSSO TEMPO
INTEGRAÇÃO ENTRE CIÊNCIA E ESPIRITUALIDADE
domingo, 4 de maio de 2008
ECOLOGIA PROFUNDA
“[...]a percepção da ecologia profunda é percepção espiritual ou religiosa. Quando a concepção de espírito humano é entendido como o modo de consciência no qual o indivíduo tem uma sensação de pertinência, de conexidade, com o cosmos como um todo, torna-se claro que a percepção ecológica é espiritual na sua essência mais profunda.”
Fritjof Capra - A Teia da Vida